quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Iquique - Santiago do Chile

19/08/07 (domingo) – 17º dia – San Pedro de Atacama / Iquique:
Nesse dia dormimos até mais tarde pra recuperar o sono. Levantamos lá pelas 9 h, tomamos café e pegamos a Ruta 23 em direção ao nosso próximo destino: Iquique, distante cerca de 500 km de San Pedro. Um pouco antes de Calama deveríamos pegar a direita em direção a Chuquicamata, mas não foi isso que fizemos e acabamos nos atrasando um pouco, pois não havia retorno próximo (risos). Já em Chuquicamata, pegamos a Ruta 24 e, após 3 h de estrada (rodovia meio esburacada no início mas em bom estado de conservação na maioria do trecho), passando por paisagens pra lá de desérticas, com plantações de pedra de um lado e de areia de outro (risos), 60 km após o cruzamento com a Ruta 5, na cidade de Tocopilla, demos de cara com o Pacífico. Apesar do dia meio fechado foi uma visão espetacular e um momento muito esperado. Comemoramos essa etapa da viagem, pois achávamos que tínhamos deixado o deserto para trás (ledo engano! Ainda tínhamos muito deserto pra ver. hahahaha........). Fizemos um rápido lanche dentro do carro mesmo com os alimentos que ainda tínhamos e pegamos a Ruta 1 em direção a Iquique. É um trecho muito bonito onde a rodovia é margeada pelo Pacífico (com suas águas esmeraldas) do lado esquerdo e por uma imensa cordilheira com mais de 800 m de altura do lado direito. Por um longo trecho essa cordilheira acaba direto no mar, só cortada pela estrada que serpenteia sua encosta. Com isso, o litoral chileno quase não tem praias com areia (em pleno deserto e não tem areia, pode?!?!? risos), pois sua costa é formada por grandes precipícios e entranhas rochosas, onde não é possível banhar-se. Admirando o mar verdinho resolvemos entrar numa estradinha de areia que nos levaria até uma das poucas “prainhas” existentes. Queríamos molhar os pés no Pacífico!!!! A idéia foi ótima, mas a ação foi estúpida! Ai... ai.... que burrada! Após 1 km acabamos atoladas no meio do nada! Afffffffff.......... Começamos o procedimento de “desatolação” (já tínhamos tido uma experiência semelhante na Chapada Diamantina em 2005 e havíamos jurado nunca mais fazer isso! hahahah.....). Erguemos o carro com o macaco e enchemos o espaço abaixo dos pneus dianteiros com pedras. Fizemos isso umas três vezes e de nada adiantou, saíamos de um buraco e entrávamos em outro. Desistimos da empreitada e Virna saiu à procura de socorro (a rodovia estava à cerca de 1 km de nós) enquanto eu guardava as malas e tudo o mais que tiramos para pegar o macaco lá no fundo do porta-malas. Já aproveitei e tirei o cambão caso precisasse. Não demorou muito e Virna voltou com um simpático rapaz chamado Jorge e que tinha um 4x4. Ele não tinha corda e o uso do cambão se fez necessário (ainda bem que havíamos levado um! risos). Procuramos algum lugar na dianteira do carro pra engatar o dito cujo e nada (no gol não existe nenhum engate específico para cordas, correntes ou cambões em lugar algum, nem na dianteira nem na traseira. Minha nossa! Que caca!!!). O único lugar que achamos viável e que dava pra colocar as correntes foi no eixo traseiro. Jorge foi muito solícito e nos ajudou a colocar o cambão. O único problema é que teríamos que rebocar o carro de ré e isto se tornou um pesadelo, pois não teve jeito de conseguirmos tirar o carro de lá desse modo. Quando não era a roda dianteira do gol que virava e travava no areal era a picape de Jorge que atolava! Ficamos nessa luta por cerca de 30 minutos e tivemos que desistir pois Jorge estava indo para Antofagasta (uns 300 km de onde estávamos, na direção oposta a Iquique) pegar um avião pra Santiago quando foi abordado pela maluca da Virna desesperada atrás de socorro. Agora ele tinha que ir senão perderia o vôo. Despedi-me e agradeci muito sua ajuda (VALEU JORGE!!!). Virna foi com ele até um posto policial que havíamos passado uns 2 km atrás tentar achar um guincho pra nos tirar de lá. Enquanto isso eu fui fazer o que tínhamos planejado antes de fazermos essa maluquice: molhar os pés no Pacífico. Fiquei andando de um lado para o outro olhando o mar e os mais variados tipos de conchas na beira da praia, bem diferentes das que encontramos aqui, no Atlântico. Depois de algum tempo Virna voltou acompanhada de uma viatura da polícia chilena (os Carabineiros do Chile) e de mais um 4x4 com quatro policiais pra ajudar. Os caras eram gente boníssima e rimos muito da situação. Como não tinha lugar pra colocar a “tranqueira” do cambão, a solução foi amarrar uma corda no para-choque. Enquanto o pessoal fazia este procedimento, Virna também foi fazer o que tinha vindo fazer ali: molhar os pés no Pacífico! (ebaaaaaaaa.........), rimos muito meixxxxxmo. Tudo pronto, embarcamos no carro e aos poucos fomos sendo rebocadas. Agora com o carro de frente, foi fácil tirá-lo do areal. VIVAAAAAAAAAA........ Estávamos livres novamente! Acompanhamos nossos “salvadores” até o posto policial, agradecemos a ajuda, trocamos e-mail e pegamos a estrada novamente (VALEU RAPAZES!!!).
No caminho tivemos o prazer de ver um bando de pelicanos brincando sobre as ondas do Pacífico. Lógico que paramos pra fotos. Imagina!!!
Chegamos em Iquique já era noite e, pra variar, nos perdemos e foi difícil achar o hotel. Depois de rodar muito e se estressar um monte (risos), achamos o hotel e fomos direto para o quarto. Um banho e cama... (jantar???? TV???? Pra quê??? hahahah.....).
GASTOS:
20.000,00 – hotel;
TOTAL = CLP 20.000,00 = R$ 80,39 (sobrando 894,48).
GERAL = R$ 3.492,54

20/08/07 (segunda-feira) – 18º dia - Iquique:
Em conseqüência de nosso desabamento da noite anterior acordamos cedo e bem dispostas. Tomamos café que, diferentemente da Argentina, tinha a opção de fazer o nescafé com leite, um copo de suco e um sanduíche (meeeeeeeeee........... que banquete!!! Mas eu repeti o sanduíche, risos). Deixamos o carro pra lavar (depois da “atolada” não tinha mais condições de uso! risos) e fomos bater pernas pela cidade. Esta localiza-se ao pé daquela cordilheira litorânea que nos acompanhou por todo o trecho desde Tocopilla. Com o fim do Ciclo do Nitrato, após a Primeira Guerra Mundial, Iquique se tornou a principal exportadora de frutos do mar do mundo. A praça principal conserva alguns dos prédios dessa época e no centro da cidade predomina o Teatro Municipal, construído em 1890. Defronte do teatro está a Torre Reloj, branca e alta com arcos mouriscos, símbolo da cidade. Em uma das esquinas da praça encontramos o Casino Español – antes um clube masculino, hoje um restaurante – que apresenta um interior primoroso em estilo mourisco, com pinturas que retratam passagens de Dom Quixote nas paredes. Vale a pena uma visita.
Andamos pela cidade a manhã toda, fazendo umas comprinhas aqui e outras acolá, passamos no mercado de frutas e verduras e experimentamos vários tipos estranhos como o caygua (parecido com chuchu), umbo e um tipo de pepino fruta, todas muito saborosas.
Voltamos ao hotel, pegamos o carro e fomos almoçar no Mercado Centenário. O prato escolhido lógico que foi peixe né? Optamos por um “acha” ao molho de champignon e um “albacore” grelhado. De sobremesa vieram pêssego com creme de leite e o Pisco, um aguardente de uva típico do Chile. Uma delícia! Perto dali um bando de pelicanos nos observava tranqüilamente. Foi nesta hora que decidimos sair de Iquique naquele mesmo dia, sabíamos que tinha muita coisa legal pra conhecer lá, mas não tínhamos tempo para isso. Já era dia 20 e estávamos apenas no meio da viagem, ainda faltavam mais de 5.000 km. Combinamos de passar na Zona Franca, ou Zofri, como é conhecida e logo depois pegar a estrada de volta até Tocopilla e de lá seguir para Santiago. Zona Franca é Zona Franca né? Uma infinidade de lojas que nos oferecem de tudo a preços baixíssimos (sem impostos). Quem resiste? Nós resistimos (se tivéssemos mais grana não resistiríamos. risos). Quase comprei minha tão sonhada Canon XT digital pela bagatela de R$ 1.400,00. Ai.... ai...... Acabamos comprando só um perfume mas rodamos a tarde toda por lá. Pegamos a estrada já passava das 17 h e tínhamos certeza que não iríamos chegar em Tocopilla antes do anoitecer. Beleza! Já conhecíamos a estrada e isso não seria problema. Lá fomos nós! Depois de quase 20 km rodados lembramos que tínhamos esquecido de abastecer, por conhecimento sabíamos que não haveria posto nos próximos 270 km até Tocopilla e o tanque já estava quase na reserva. Afffffffffff....... o jeito era voltar para abastecer. A cabeça não pensa, o corpo paga! (risos). Foi nessa volta então que decidimos passar mais uma noite na cidade. Não tínhamos arriscado dirigir durante a noite e não íamos fazer isso agora. Fomos então apreciar um belo pôr do sol em uma das poucas praias existentes, abastecemos o carro, voltamos ao hotel, deixamos nossas malas e retornamos para a Zona Franca. Não tinha grana pra comprar a Canon mas tinha para comprar mais um cartão de memória pra minha câmera (risos). À noite voltamos ao centro e comprei alguns casacos que estavam na promoção para presentear minhas irmãs (estava de graça! Uma das poucas coisas baratas no Chile). Rodamos pela praça apreciando a arquitetura do lugar e encontramos uma pizzaria super aconchegante que nos serviu uma pizza maravilhosa. Foi neste ambiente que ouvimos pela primeira vez o som do Moby, um estilo de música techno que não curtimos muito, mas que nos chamou a atenção. Muito show!!! Prometemos que na primeira oportunidade compraríamos um CD desse cara. Voltamos ao hotel, TV e cama...
GASTOS:
9.960,00 – casacos, meias, sabonete;
760,00 – frutas;
1.000,00 – lavação;
2.220,00 – água, coca, café;
14.000,00 – almoço + gorjeta;
28.800,00 – posto Iquique (5.000 km);
23.300,00 – perfume;
16.900,00 – cartão de memória;
21.000,00 – casacos;
11.230,00 – jantar + gorjeta;
20.600,00 – hotel + sanduíche adicional (ééééé..... eles cobram o sanduíche adicional! Risos);
TOTAL CLP 149.770,00 = R$ 601,97 (sobrando 550,57 – ta diminuindo!!!).
GERAL = R$ 4.094,51

21/08/07 (terça-feira) – 19º dia – Iquique / Copiapó:
Levantamos cedo, tomamos café e pegamos a estrada pois esse seria mais um dia só de asfalto. Nossa meta era chegar em Copiapó, a mais de 1.000 km de distância. Seguimos pela Ruta 1 até Antofagasta (estrada em ótimas condições), sempre acompanhadas de um lado pelo Pacífico e do outro pela cordilheira. Chegamos lá por volta das 14 h, abastecemos, fizemos um lanche e seguimos adiante, agora pela Ruta 5 que, até a cidade de Chañaral, se afasta do Pacífico, transformando a paisagem novamente em quilômetros e quilômetros de areia e pedra. Após uns 70 km depois de Antofagasta nos deparamos com a famosa escultura “Mão do Deserto”, parada obrigatória para todo viajante que cruza o norte chileno (emocionante!!).
Chegando em Chañaral (onde a rodovia encontra o Pacífico novamente) tivemos a satisfação de poder curtir mais um maravilho pôr do sol no mar. Muito lindo!
Quando chegamos em Copiapó já era noite. Paramos em um posto para abastecer e solicitar informações sobre como chegar ao centro já que nosso guia não trazia informações nenhuma sobre a cidade. Achamos o centro, estacionamos o carro e saímos a pé a procura de um hotel. Entramos em vários mas todos estavam lotados. Affffffffff.........!!! Em um deles encontramos um rapaz que trabalhava como guia turístico e ele nos informou que todos os hotéis na cidade estavam lotados, não adiantava procurar. Vixi!!! O que fazer??? Ele nos indicou voltar até Caldera, uns 75 km pra trás ou seguir até Vallenar, uns 150 km adiante. Nenhuma das duas idéias nos apeteceu. Então ele nos indicou alguns albergues nas redondezas mas nos alertou que não eram muitos bons e que talvez também estivessem lotados. Entramos em vários e, conforme nosso “amigo” guia, estavam todos lotados. Finalmente encontramos vaga num deles, o quarto era péssimo e o banheiro coletivo não dava nem pra entrar. Respiramos fundo... tuuuuuudo bem, era só por uma noite e, pelo menos, tinha garagem. Guardamos o carro e fomos jantar num shopping próximo, onde comemos salada e um tipo de canelone muito gostoso. Naquela noite fomos dormir sem tomar banho. Ahhhhhhhhhh....... tinha TV! Hahahahaha...............
GASTOS:
2.030,00 – lanche;
21.287,00 – posto Antofagasta (5.441 km);
25.579,00 – posto Copiapó (6.028 km)
5.430,00 – jantar;
14.000,00 – hotel + garagem.
TOTAL CLP 66.296,00 = R$ 266,46 (sobrando 542,17 - diminuindo).
GERAL = R$ 4.360,97

22/08/07 (quarta-feira) – 20º dia – Copiapó / Santiago:
Acordamos cedo e saímos sem tomar banho (não tivemos coragem de usar o banheiro. risos). Essa era a segunda vez que isso acontecia e esse lugar conseguiu ser pior do que em Monte Quemado. Paramos em um posto para tomar café e seguimos adiante (tínhamos mais de 800 km pela frente até Santiago). Novamente a rodovia, a partir desse ponto, se afastava do Pacífico pintando a paisagem toda de marrom até chegar em La Serena. Deste ponto em diante a rodovia é duplicada e margeia o oceano até Pichicuy, uns 160 km antes de Santiago. Mais uma vez o dia foi só de asfalto, com paradas aqui e ali para fotos, compra de alguns produtos (queijo de cabra, azeite de oliva, papaias, etc...) na beira da estrada e muitos pedágios. Chegando perto de nosso destino já estávamos quase sem dinheiro (peso chileno) para pagar pedágio. Tínhamos mais um pedágio pela frente e, no anterior nos informamos sobre o valor a ser pago no próximo, que era de 800 pesos. Na carteira tínhamos somente notas de U$100 e 750 pesos em moedas. Paramos em vários lugares na vã tentativa de trocar os dólares e nada!!! Chegamos no pedágio apenas com 750 pesos, olhamos para o caixa, tentando manter a seriedade e explicamos nossa situação, mostrando as moedas que ele não aceitou pois faltavam 50 centavos de peso (dá pra fazer idéia de quanto isso vale em reais??? Eu nem consegui fazer as contas ainda!!! risos). Mostramos a nota de U$ 100 que ele nem cogitou na possibilidade de trocar. Vimos jeito de ter que dar marcha ré e voltar não sei até onde para trocar os dólares. Ahhhhhhhhhh........ isso nem pensar!!! Foi aí que Virna ofereceu os 750 pesos e mais um saco de papaias que havíamos comprado uns quilômetros antes e que de imediato ele não aceitou. Os motoristas atrás de nós mostraram sua impaciência no primeiro toque sonoro de buzina que acabou sendo nossa salvação. O caixa aceitou nossa oferta e saímos dali rapidinho, rindo muito e sem nossas papaias.
Chegamos na cidade e paramos em um posto para um café e “pipi”. Saímos à procura do hotel indicado no nosso guia, que ficava no centro. Rodamos um bocado pra lá e pra cá sem sucesso! Chegávamos perto da rua indicada e não conseguíamos achá-la tamanha era a confusão do trânsito. Nos perdemos várias vezes, no vai e volta anoiteceu e não achamos a rua do hotel. Paramos em um posto para abastecer e estudar o mapa com mais calma. Com isso não prestamos atenção no que estávamos fazendo e deixamos o cartão de crédito na mão do frentista que foi sozinho fazer a transação. Na hora nem nos tocamos mas viemos a descobrir depois, quando chegou a fatura do cartão, que o “babaca” passou o cartão duas vezes. Lógico que pedi o estorno do débito indevido, já que não havia assinado a segunda passada do cartão, mas tive o incômodo de ter que cancelar o cartão e ficar mais de 40 minutos com a atendente para todos os burocráticos procedimentos (apesar da demora fui muito bem atendida). Nunca deixe seu cartão na mão de estranhos. Fica aí o alerta! Nem precisava falar né? (tonta). Após essa "burrada" encontramos um restaurante japonês e foi lá que jantamos, nos esbaldando de sushis e sashimis. Voltamos a procurar a rua de nosso hotel e finalmente achamos a dita cuja. Nos acomodamos, tomamos nosso merecido e “faltoso” banho e caímos na cama, sempre com a TV (risos).
Pôxa, já estava há 20 dias sem fumar!
GASTOS:
6.130,00 – café;
500,00 – frutas;
5.600,00 – azeite, queijo de cabra e mais frutas;
10.000,00 – 6 pedágios (aqui tem os 50 centavos da papaia. hahahaha);
15.700,00 – posto Coquimbo (6.378);
2.570,00 – café;
24.970,00 – posto Santiago – “maledeto” (6.895 km);
32.100,00 – jantar + gorjeta;
23.000,00 – hotel.
Total CLP 120.570,00 = R$ 484,61 (sobrando 315,62 e diminuindo....).
GERAL = R$ 4.845,58

23/08/07 (quinta-feira) – 21º dia - Santiago:
Aqui o café da manhã também é mais bem servido com maçã, iogurte, café, torradas, pão e presunto (queijo não), mas tínhamos o queijo de cabra comprado no dia anterior e ficou tudo certo. (risos).
Conforme nosso guia, Santiago não é uma cidade com muitos atrativos e esses podem ser conhecidos a pé em dois dias. E foi isso que fizemos, saímos a pé pra conhecer o centro da capital Chilena (o hotel era bem pertinho). O primeiro lugar que visitamos foi a Plaza de Armas, que é o marco zero de todas as distâncias do Chile. Neste local foram construídos os mais importantes centros de poder – os tribunais, o palácio do governador e a catedral – e onde se realizavam as feiras, as touradas e os festejos. A catedral é uma combinação dos estilos neoclássico e barroco e vale a pena uma visita. Passamos também pelo Palacio de la Moneda, onde pudemos apreciar a simetria e a elegância compacta desse prédio neoclássico baixo, que se estende por toda a quadra e onde vale a pena ver a cerimônia da troca de guarda que acontece em dias alternados pontualmente às 10 h diante do palácio. Andamos pelo centro da cidade por mais algum tempo visitando outras atrações como o Teatro Municipal e outros prédios antigos e fomos para o Mercado Central, um magnífico prédio onde se encontra de tudo, frutas, verduras, carnes, embutidos, pescados, mariscos, queijos, presuntos, ervas especiais, plantas e gastronomia típica. Compramos um monte de amêndoas, pistache, chips de banana, etc... e fomos almoçar. O prato escolhido foi à base de pescados e frutos do mar com camarão, lula, polvo, caranguejo, marisco e outros tipos de peixes estranhos, que não lembro mais o nome (risos), acompanhado de um bom cabernet blanc (que chique!). Após o almoço Virna voltou ao hotel para descansar e eu fui levar minhas máquinas novamente para descarregar. Enquanto esperava por este serviço entrei em uma loja e comprei o CD do Moby (promessa é dívida!), perambulei pelas ruas, dei “milho aos pombos”, liguei pra casa pra avisar que estava tudo bem e fui buscar os CD’s com as fotos. Voltei ao hotel, Virna ainda dormia e eu aproveitei para um cochilo também. À noite fomos bater pernas novamente pelo centro, compramos algumas garrafas de vinho e olhamos vitrines por um bom tempo. Quando voltamos ao hotel havia uma manifestação e paramos para ver do que se tratava, foi aí que percebemos que nosso hotel ficava bem em frente a uma antiga construção que tinha sido uma casa de tortura na época da ditadura. A manifestação era de um grupo de ativistas que queria fazer deste endereço uma Casa de Memória, em homenagem aos 119 presos políticos assassinados ali e o governo não aceitava, queria transformá-la em um Instituto de Direitos Humanos. Minha nossa!!!
Nessa noite nem jantamos tamanho tinha sido o exagero do almoço, roemos alguns chips de banana e comemos umas poucas amêndoas. Fomos dormir pois iríamos sair cedo em direção à Argentina novamente. Nem ligamos a TV.
GASTOS:
13.500,00 – amêndoas, pistache, etc...;
72.240,00 – almoço + gorjeta;
8.000,00 – CD Moby;
4.910,00 – CD’s fotos + telefone;
1.500,00 – água + café;
6.380,00 – chapéu e vinhos;
23.500,00 – hotel;
TOTAL CLP 130.030,00 = R$ 522,63 (sobrando 51,05).
GERAL = R$ 5.368,21

Nenhum comentário: