quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Jujuy - Purmamarca

13/08/07 (segunda-feira) – 11º dia – Salta / San Salvador de Jujuy:
Achamos um local que servia um café da manhã mais completo, com pão, presunto, queijo, doces, café de grano (não agüentava mais solúvel), leite, sucrilhos, iogurte, etc... Ficava anexo a um hotel de sei lá quantas estrelas. Chegamos à conclusão de que, se você quiser tomar um café da manhã bem servido, vai ter que pagar os “olhos da cara” pelo quarto, e isso nós já tínhamos combinado antes da viagem: ECONOMIZAR ao máximo na hospedagem. Depois disso parei de reclamar do café da manhã, afinal, meia lua com manteiga não é tão ruim assim! (risos). Tiramos a manhã de “folga” e, enquanto Virna foi ao Mercado Municipal, eu fui descarregar as memórias das máquinas fotográficas (tínhamos duas: uma só para fotos, de 1 giga; e outra para fotos e filmagens, de 2 gigas) que estavam lotadas! Ligamos pra casa pra saber das novidades e dizer que estávamos bem e partimos para San Salvador de Jujuy (1.259 manm) pela Ruta 9, distante uns 115 km de Salta (rodovia asfaltada e em ótimo estado). O nome Jujuy provém, aparentemente, dos Jujuyes, uma tribo indígena que habitava o lugar. Chegamos por volta das 14 h e fomos almoçar (o guia estava sendo de impressionante ajuda!). Escolhemos uma omelete acompanhada de salada e um generoso pedaço de carneiro. Uma delícia! Depois fomos até o Centro de Informações ao Turista nos informar sobre o que tinha pra ver na cidade, nos hospedamos e fomos bater pernas pelo centro. Visitamos a Catedral, uma construção do século XVIII, onde pudemos ver sua atração maior: o púlpito, decorado no mesmo século por artistas locais e inspirados nos existentes em Cuzco, no Peru. Seus quadros representam a escada de Jacó, Santo Agostinho e as genealogias bíblicas. Passamos também pela igreja de São Francisco, que contém um púlpito barroco espanhol e onde pode-se observar pequenos monges franciscanos espiando por trás de fileiras e mais fileiras de minúsculas colunas, todas delicadamente trabalhadas em ouro. Zigue-zagueamos pelas ruas durante a tarde toda com paradas para compras de quinquilharias e artesanato (todo turista merece! risos).
O jantar foi mais uma vez as empanadas, que são realmente uma delícia e uma ótima opção quando não se está a fim de comer muito.
A vontade de fumar já não me perseguia mais.
TV e cama...
GASTOS:
15,00 – café da manhã;
40,00 – CDs para as fotos;
22,00 – telefone;
22,00 – frutas e imãs (já perdi a conta de quantos foram! Risos);
2,50 – 1 pedágio;
51,00 – almoço + gorjeta;
46,75 – compras + artesanato + água;
11,00 – jantar;
100,00 – hotel + garagem;
TOTAL = $ 310,25 = R$ 204,77 (sobrando 612,65 - DEIXA!!! O Chile ta chegando!)
GERAL = R$ 2.226,01

14/08/07 (terça-feira) – 12º dia – San Salvador de Jujuy / Humahuaca:
Na manhã seguinte partimos para Humahuaca (2.939 manm), ainda pela Ruta 9, distante uns 116 km de Jujuy (rodovia asfaltada e em ótimo estado). Pelo caminho pudemos apreciar a beleza da Quebrada de Humahuaca, com montanhas imensas num colorido maravilhoso, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco (primeira da América do Sul e terceira de toda a América). Paramos em Tilcara (2.461 manm) para abastecer e almoçar, bife de chorizo com pão e salada são sempre uma ótima opção (risos). Aproveitamos para dar uma volta pelo pequeno povoado onde encontramos uma fabulosa feirinha com muitas artesanias. Como estávamos com sobra no orçamento aproveitamos para comprar objetos indígenas para decorar nossa casa. Show!!! (risos). Após nos esbaldarmos com as compras seguimos até o pukará, um magnífico forte reconstruído pela Universidade de Buenos Aires e cercado por grandes cactos, mas não entramos devido ao adiantado da hora. Continuamos nossa viagem até nosso destino: Humahuaca, considerada a capital histórica da Quebrada. Cruzamos a linha imaginária do Trópico de Capricórnio, chegamos na pequena cidade, nos instalamos e fomos bater pernas pelo pequeno centro com suas ruas de pedra e casas de adobe (pau-a-pique). Na praça principal existe um relógio com uma imagem kitsch de San Francisco Solano, que é a primeira imagem articulada de um santo no mundo. Subimos uma escadaria que nos levou até o impressionante monumento aos Guerreiros da Independência que fica no alto da praça principal (obra do escultor local Ernesto Soto Avendaño, uma mistura de pedra e bronze construída entre 1940 e 1950). A vista da cidade rodeada pelas altas montanhas é muito bonita lá de cima!
Fomos a um simpático restaurante com música típica ao vivo. Novamente a opção foi um bife de chorizo com salada e pão. Também provamos a humita, uma mistura à base de milho enrolada e cozida na palha, parecida com nossa pamonha, mas muito mais saborosa.
Voltamos para a pousada e cama... (não tinha TV no quarto).
GASTOS:
30,00 – almoço;
80,00 – posto Tilcara (3.438 km);
227,00 – artesanatos e imãs;
38,25 – jantar + gorjeta;
100,00 – hotel;
TOTAL = $ 475,25 = R$ 313,66 (sobrando 557,05).
GERAL = R$ 2.539,67

15/08/07 (quarta-feira) – 13º dia – Humahuaca / Purmamarca:
Nosso próximo destino era Purmamarca (4.000 manm), cidade das montanhas coloridas. Para tanto saímos de Humahuaca voltando pela Ruta 9. Um pouco depois paramos no povoado de Uquia que é famoso por registrar vestígios dos primeiros mamíferos que emigraram da América do Norte quando as Américas se uniram. Também possui muitas montanhas de um colorido avermelhado intenso. Maravilhoso! Mas o que nos aguardava em Purmamarca conseguiu superar tudo o que já havíamos visto de montanhas coloridas. Chegamos por volta do meio-dia e fomos almoçar (empanadas e humitas), procuramos por hospedagem e, depois de instaladas, fomos conhecer a cidade. Do lado da igreja encontra-se uma enorme árvore de ampla copa. Diz-se que esta é um importante testemunho de uma parte da história da Província de Jujuy.
Subimos uma montanha que nos deu ampla visão do Cerro de Siete Colores (morro das sete cores), marco natural da cidade e único na região e no resto do país. A combinação de suas cores vivas encanta e impressiona por sua grande beleza. Sua coloração corresponde a sedimentos do período cretácio, há 65 milhões de anos quando desapareceram os dinossauros.
El Paseo de los Colorados é um caminho de aproximadamente 3 km que contorna o Cerro de Siete Colores. A cada metro o colorido e as figuras talhadas pela natureza nas montanhas nos deixam boquiabertas. A cada olhar descobrimos paisagens deslumbrantes. Contornamos a montanha e voltamos ao centro da cidade. Percorremos a feirinha e, pra não perder o costume, compramos mais algumas artesanias. O sol já estava se pondo quando olhamos para as montanhas e descobrimos que haviam se transformado completamente. O pôr do sol dava um colorido fantástico e bem diferente do que já havíamos visto. Dessa vez fomos de carro, pois a pé não ia dar tempo de apreciar toda a paisagem e o maravilhoso espetáculo que ela nos proporcionou com o pôr do sol. Minha nossa!!!
Voltamos ao hotel pra descansar um pouquinho e acabamos cochilando. Quando acordei estava meio tensa e resolvi ligar pra casa. Recebi uma notícia muito triste; meu Miskão havia morrido! Miskão era um chiuaua meio branquinho e o “xodó” da minha mãe. Na nossa região deu um surto de sinomose e ele não escapou. Quando sai de casa, no dia três, ele já estava meio caidinho, mas nunca imaginei que ele fosse morrer, afinal ele era vacinado!!! Fiquei muito triste e chorei muito (ainda choro e estou chorando digitando esta parte! Afffff.........). Saudades!!!
No jantar experimentamos o locro, um prato a base de milho, carne bovina e suína, lingüiça, bacon, abóbora, cenoura e batata.
Nosso jantar foi triste e tomei uma garrafa de vinho quase sozinha! Saudades!!!
Cama... (também não tinha TV no quarto).
GASTOS:
34,00 – almoço + gorjeta;
12,00 – artesanato;
4,50 – bananas e água;
7,00 – telefone;
75,00 – jantar + gorjeta;
60,00 – hotel;
TOTAL = $ 192,50 = R$ 127,05 (sobrando 688,06).
GERAL = R$ 2.666,72

Nenhum comentário: